![](https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/wp-content/uploads/2023/01/324663893_734583141201077_9093026575681261257_n.jpg?w=1024)
“… a gente quer passar um rio a nado, e passa:
mas vai dar na outra banda é um ponto muito mais em baixo,
bem diverso do em que primeiro se pensou.
Viver nem não é muito perigoso? ”
![](https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/wp-content/uploads/2023/01/322882578_1261245161152636_2128035698010432377_n.jpg?w=720)
“Do vento. Do vento que vinha, rodopiado, Redemoinho: senhor sabe – a briga de ventos. Quando um esbarra com outro, e se enrolam, o doido do espetáculo.”
“Vou longe. Se o senhor já viu disso, sabe: se não sabe, como vai saber? São coisas que não cabem em fazer ideia.”
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” A vida inventa! A gente principia as coisas,
no não saber por que, e desde aí perde
o poder de continuação, porque a vida é
mutirão de todos, por todos remexida e temperada.”
![](https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/wp-content/uploads/2023/01/322221058_508969498037526_800699511244518234_n.jpg?w=720)
“Não ter vergonha como homem é fácil;
dificultoso e bom era poder não se ter
vergonha feito os bichos animais.”
![](https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/wp-content/uploads/2023/01/324744084_714805660007557_1575948944204518086_n.jpg?w=720)
“O que era isso,
que a desordem da vida podia sempre mais que a gente?”
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“Mas, o senhor sério tenciona devassar a raso este mar de territórios, para sortimento de conferir o que existe? Tem seus motivos. Agora – digo por mim – o senhor vem, veio tarde. Tempos foram, os costumes demudaram. Quase que, de legítimo leal, pouco sobra, nem não sobra mais nada.”
![](https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/wp-content/uploads/2023/01/324506904_1334315497341367_5750217259760788333_n.jpg?w=1024)
“Vou para os Gerais! Vou para os Gerais!”
![](https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/wp-content/uploads/2023/01/321778308_907583487350887_7320762699303093901_n.jpg?w=720)
Leia também aqui no blog:
Guimarães Rosa, o médico no escritor” – https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/2020/12/06/guimaraes-rosa-o-medico-no-escritor/
Grandes sertões: “no nada”– https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/2020/07/07/grandes-sertoes-no-nada/
”Bordando Rosa”– https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/2020/06/01/bordando-rosa/
“O sertão é dentro da gente”– https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/2019/10/18/o-sertao-e-dentro-da-gente/
“Guimarães Rosa, mire e veja“ – https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/2018/01/21/guimaraes-rosa-mire-e-veja/
”A colheita é comum, mas o capinar é sozinho”– https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/2016/12/29/a-colheita-e-comum-mas-o-capinar-e-sozinho-g-rosa/
‘‘Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura”– https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/2017/10/19/qualquer-amor-ja-e-um-pouquinho-de-saude-um-descanso-na-loucura-g-rosa/
”O senhor sabe o que é silêncio é a gente demais”– https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/2017/02/08/o-senhor-sabe-o-que-silencio-e-e-a-gente-mesmo-demais-g-rosa/
“Na terceira margem do rio: a de dentro“- https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/2017/08/02/na-terceira-margem-do-rio-a-de-dentro/
![](https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/wp-content/uploads/2023/01/325356315_1086205619447715_8967901104370739121_n.jpg?w=960)
Trechos de Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa
Poesias: Odonir Oliveira
Fotos de arquivo pessoal: recantos das Minas Gerais e da Exposição do Sesc Pompeia, SP, 2018.
Vídeos: Canal Odonir Oliveira