Poesia, Alberto Cuddel

Poesia

Palavras soltas onde me deito e me levanto
Onde chora minh’alma elevado pranto
No tudo que no meio seio ainda retenho
Palavras soltas que do poeta hoje leio!

O triste fado sentido
Verso da alma parido
Grito de saudade, clamor
Dor da ausência e amor!

Canto da fome caída na rua
Homens sofridos e tristes
Alma despida assim nua
Punhos erguidos em riste!

Ó poesia calada e desenhada na noite
Versos e estrofes onde me escravizei
Que me atinge o peito forte açoite
Palavras que nascem, dom que aceitei!

Os campos e jardins nos teus olhos,
Floridas névoas caídas nas montanhas,
O mar que engole nem sei o quê;
Amanhecer no abraço das tuas manhãs,
Sonho perdido que ontem não se vê!

Ó Deuses, instigadores das guerras
Cantam nobres feitos das tuas serras
Os arautos que se alevantam das terras
E os que se libertam das tuas garras!

Alma minha gentil, em ti me encontro
Em ti poesia, ainda hoje me perco…

Alberto Cuddel
01-06-2017

Poesia

Lindos versos. Li neles Camões, Pessoa e Cuddel – poetas portugueses em comunhão.

Viramos parasitas?

PARASITAS ?!

Vocês viram parasitas?

Não, só recorda quem viveu
Não, só recorda quem tem perfumes de amores
Não, só recorda quem bebe taças de prazeres
Não, só recorda quem conheceu cores muitas
Não, só recorda quem abre os braços para aconchegos
Não, só recorda quem tem mãos para acarinhamentos
Não, só recorda quem acolhe beijos tantos
Não, só recorda quem se faz cofre aberto

Só recorda quem vive de amorosidades
dos filhos
dos sobrinhos
dos amigos
de todos os amores,
filha minha.


A idade não nos faz parasitas
apenas continuamos a ser
o que sempre fomos.

Poesia: Odonir Oliveira

Fotos de arquivo pessoal

Vídeo: Canal Diva Cesar Franco

Estações da vida

Junto flores e folhas secas que caem dos meus vasos e canteiros porque ainda conservam belezas. Diferentes belezas.

CLEPSIDRA

Tua água escorre sobre meu corpo
Com as marcas de existir
São marcas de pele, carne, ossos e dores.
Meu corpo, que antes me entregaste belo e fresco,
ora resulta ocre e rugoso.
Meu tronco, que antes o fizeste rijo e aveludado,
ora resulta sem o brilho vivaz das primeiras idades.
Minha pele, antes rósea e fina,
ora fazes dela um outro matiz e uma outra textura.
Convivo com meu corpo
Convivo com meus sentimentos
Convivo com minhas marcas
Há muitos anos.
Sei o porquê de cada uma.
Os outros é que não.

A HORA

acordou
com rosas amarelas
com bem-te-vis e maritacas
um apito de trem bem próximo
de carga
acordou
com brisa no corpo
com sol de verão
um acorde de bandolins e violinos
ao longe
acordou
com céu azul
nuvens de desenho animado
telefone sinos coloniais
sons telúricos
acordou

A VELHICE

Em janeiro de 2016, viajei ao Rio a encontrar minha sobrinha-neta, nascida há poucos meses e a quem eu ainda não conhecia. Sabia que no mesmo início de ano aconteceriam muitas festas na cidade: formatura de médicos, cadetes e mais outros tantos. Seria uma oportunidade de conhecer e de aproveitar isso – que ainda não tinha vivido por aqui. Pesei na balança os pratos dos afetos e fui embora para o Rio.

Em casa de minha sobrinha, tendo a menina de poucos meses em meu colo, pude saborear uma das sensações mais saborosas e encantadoras que já vivi. Uma energia, quente e fresca ao mesmo tempo, me invadiu. Senti em meu corpo um gozo verdadeiro, uma pele entregue, um conforto … que me deixaram mole, em pleno paraíso. Era muito mais que isso, mas depois de 4 anos, quem sabe eu não consiga verbalizar exatamente como me senti.

Anos antes, em São Paulo, nascera outra menininha, outra sobrinha-neta, num hospital no Paraíso, filha de meu sobrinho e afilhado. Fiz para ela muitos versos, caixinha de mosaicos, um álbum scrapbook ao contrário, pois além do registro dos fatos daquele instante (montagem com a foto da bebê em capa de jornal do dia etc.) ia adivinhando o que lhe aconteceria no futuro e poetizando a sua trajetória. A emoção de olhar para ela e reconhecer as nossas origens foi algo mágico. Já faz alguns anos, vive em Los Angeles com os pais e tornou-se uma americanazinha, em seus 7 aninhos.

E depois ainda o filho do meu outro sobrinho, do mais velho.

Quisera meu pai e minha mãe pudessem ver seus bisnetos. O que diriam, o que pensariam, reconheceriam traços de seus próprios pais mineiros (trisavós das crianças), em tom de pele, sinais, olhares, comportamentos, vocações … teriam tanto a nos dizer, ah, se teriam.

Como me disse o pai de minha filha, meses atrás, ”Antes comparecíamos a batizados, aniversários, formaturas, casamentos; hoje, a enterros, Odô”. Não me surpreendo com isso. Fico triste. Tenho o legítimo direito de ficar triste. Em 2018 perdi meu irmão caçula; em 2019, o mais velho. Tenho a prerrogativa de ficar assim, de me entristecer.

O meu país anda muito mal amado. Tenho o direito de ficar triste. Muito mais ainda.

CRONOS CRUEL

Piano, menina
Allegro, mocinha
Vivace, mulher
Adágio, senhora.
Rápida maternidade
célere maturidade.
veloz velhice
Marcha, cadência, prumo
caminhada, aclives, declives
respiração acelerada
respiração controlada
respiração difícil
Cronos cruel,
cruzas num átimo,
toda uma existência.

HOJE

Hoje já é ontem
quando ouvia de ti palavras envoltas em papel de seda.
Hoje já é ontem
quando bebia de teus lábios, insubstituíveis, um tom de vinho rosé.
Hoje já é ontem
quando aquela música francesa era carícia em meu pescoço.
Hoje já é ontem
quando te encontrar pelas madrugadas caladas era ensurdecedor.
Hoje já é ontem
quando não sou mais a mão arrojada a apertar teclas de telefone a te buscar.
Hoje já é ontem
porque não consigo mais ser menina como antes.

Post dedicado ao poeta blogueiro Cláudio El-Jabel, que essa semana versejou a notícia de que vai ser avô. Benditos sejam todos vocês !

Poemas e texto: Odonir Oliveira

Fotos de arquivo pessoal

Vídeo: Canal Roupa Nova

A canoa e o Velho Chico

SEJA OS OLHOS MEUS

Me empresta os teus olhos?
Me empresta.
Aí por onde andas não estou
Aí por onde te maravilhas não estou
Embebe-me do teu olhar
Olhamos parecido
Somos fruto das mesmas árvores
Pois então
Me empresta os teus olhos?
Me empresta.
Gostas do amanhecer
Saboreias o perfume do entardecer
Navegas por rios que tanto eu desejaria
Me empresta os teus olhos?
Me empresta.
Quando tuas retinas fotografam águas
Tuas retinas me fotografam a alma
Quando viajas pelas estradas
Nelas meus olhos te acompanham
Quando segues em canoas
Remo junto contigo na força das águas.
Quando entornas imagens de teu país por meus olhos
Semeias lirismo em minhas mãos.
Me empresta teus olhos?
Me empresta.

GUIAS DE ASAS

Esperem, me guiem
vocês são muito velozes
vou devagar
tenham calma
isso, me levem a ele
peguem minhas mãos com suavidade
borboletas são anúncio de rio
obedeço porque têm toda a sabedoria
conduzem meus passos
fazem asas de meus pés
beijam meus olhos
abraçam meus ouvidos
o rio ri
já ouço seu riso bem perto
o rio faz-se voz e vez
estou aqui

LEITOS

Onde me deito,
leito sagrado,
corre espuma
desce torpor
exala ardor
concebo imagens
imagino paisagens
coloro personagens.
Estou vivo em margens,
passagens de um rio
passagens de um corpo
passagens de um afluente
entornando vida em mim.

CORRENTEZAS

jorra água
jorra flor
jorra aroma
jorra folha
jorra flor
jorra cor
jorra dor
jorra verso
jorra amor
corre o rio
corre a flor
corre o tempo
corre o vento
corre o verso
corre o amor
curso de rio
decurso do tempo
percurso do verso
correnteza do amor

OUVE A ÁGUA

Ouve
Espera
Ouve
Ouve fora
Ouve dentro
Ouve o silêncio
Ouve o murmúrio
Ouve o soluço
Ouve a súplica
Ouve
Para e ouve
A água de dentro de você

NASCENTE

Porque nasci de um braço de rio e de uma pedra bruta
porque corri por margens doces e às vezes estéreis
porque saltei obstáculos e curvas
porque sou céu azul quando o céu é azul
porque sou barro quando o céu anda nublado
porque tenho voz e acolho olhares uns
porque sou força quando recebo torrentes outras
porque brinco de carregar flores
porque brinco de atrair borboletas
porque gosto de estar em mim
porque gosto de estar em ti
foi simplesmente
porque nasci de um braço de rio e de uma pedra bruta.

DISCURSOS

Falo
calo reparo ensaio falo
Penso
sinto penso sinto penso sinto
Morro
entrego nego renego corro
Escorro sangue
por margens
ribeiras
mangues
Encharco peles
ensaboo mãos
enxáguo braços
pélvis e dorsos
Renasço verde
repleto de seixos
ardendo em chamas
colhendo raízes
em mim.

RIOS RUMAM

rio companheiro
sento-me aqui junto a ti
para te ouvir
para me ouvir
às margens
à margem
medito sobre nada
medito sobre tudo
silencio comovida
acompanho-te menina
absorvo-te ave
escuto-te flor
observo-te nuvem
estamos nós
estamos sós
eu e tu
revelo-te meus sentimentos nesse olhar
entrego-te meu coração nesse sorriso

CURSOS

Corro
socorro
morro
recorro
entorno
torno
sorvo
movo
retorno
novo
provo
renovo
curso
recurso
impulso

pulso …

CAMINHOS DE PEDRAS

Quem era ela que acreditava nas águas dos rios?
Quem era ela que assobiava com os passarinhos naquelas manhãs?
Quem era ela que costurava panos leves de enfeitar venezianas solares?
Quem era ela que contava janelas coloridas em ruas de inconfidentes?
Quem era ela que pintava cores em telas desbotadas de perfumes?
Quem era ela que dedicava o olhar para uma única paisagem?
Quem era ela que saltitava pedra por pedra na trilha de ser?

Quem era ela, meu Deus?

Poesias: Odonir Oliveira

As fotos, fraternalmente enviadas, são dos olhos de meus amigos queridos de São Paulo, me trazendo as águas do São Francisco

2ª, 3ª e 8ª fotos: de Rui Daher

As demais fotos são de Heloísa Ramos, até sua foz na última foto.

Vídeos:

1- Canal Ney Matogrosso

2- Canal Caetano Veloso

”Eta Nois”

DO PRAZER

duas
três
dez
cem
me alvoroçam a pele
me eriçam o sexo
me embebem de mel

são elas as que me presenteiam
são cheiros aos meu opostos
são cores às minhas em destaque
são relevos de encaixe nos meus
são pingos de doce-azedos

deliciosamente
saborosamente
absorvidos

mel de gente
em mim.

ABELHAS NO MEU QUINTAL

Abelha mestra
Abelha mãe
Abelha rainha
Abelha fel
Abelha mel
Abelha operária
Abelha canalha
Abelha doce
Abelha assassina
De dor-medo
De picadas mortais
Abelha beijadora de flores
Abelha semeadora de doces amores
Abelha tenaz
Abelha mordaz
Abelha eficaz
Abelha contumaz

Abelha no meu quintal
Celestial ou infernal?

MEL

Deu que sonhar fica pequeno
quando se tem as rotas nas mãos
acordar cedo com cheiro de orvalho
dormir cedo com pirilampos
almoçar com bem-te-vis
jantar com perfume de damas-da-noite
cear com cheiro de amor
Deu que sonhar fica pequeno
quando se tem mãos grossas nos cabelos
braços fortes nos ombros e nas costas
pele ágil e quente alisando o lirismo
Deu que sonhar fica pequeno
quando o silêncio das vozes vem
quando as bocas se abrem e fecham em lábios uns e outros
quando um fogo queima as vontades ambas
Deu que sonhar fica pequeno
quando os corpos se lançam
quando os murmúrios se entendem.

Poesias: Odonir Oliveira

Fotos de arquivo pessoal

Vídeo: Canal Ney Matogrosso

”Não queira ser jovem novamente, você já foi”

Li o texto abaixo e quis pensar sobre o tema.

NUA , SEMPRE NUA

Meu corpo catedral
de vitrais simples
sem retoques de coloridos resplandecentes
recebe luz e vibra quando tocado.
Meu corpo barco
carrega meu navegante espírito,
marujos de braços firmes de olhares incomuns
marujos de peles ágeis de mãos quentes e rostos invulgares.
Meu corpo cofre
instala sementes de flores selvagens de frutos da paixão,
recebe mel de frutas silvestres de sabor estrangeiro.
Meu corpo
é um pouso
Meu corpo
é um porto.

CORPO CORPORIS SOMA

respeito meu corpo
não risco rabisco confisco
meu corpo é sacro profano
morada repouso de flores maritacas
meu corpo é barco de navegante lírica
recanto de segredos sussurros murmúrios
meu corpo é soma
ramalhete de desejos sonhos prazeres muitos
meu corpo é corporis
em origem e amorosidades
meu corpo é tato trato tanto
em forma e conteúdo
meu corpo é verso e prosa
meu corpo sou eu
eu sou o meu corpo

BOCA VERMELHA

Resolvi pintar minha boca de vermelho
porque tenho cabelos despenteados
olhos tristes
sorrisos recolhidos
letras de frases benditas
letras de frases mal ditas
letras de frases escondidas

Resolvi pintar minha boca de vermelho
porque sou frágil como aquele tom
porque sou débil como aquele som
porque sou frasco vazio de aromas uns

Resolvi pintar minha boca de vermelho
porque sou uma e outra
encontro e perco
olho e não vejo
vejo sem olhar

Então, resolvi pintar minha boca de vermelho.

DAS DORES

Das Dores
pinga dores lágrimas e lamentos.
Das Dores
verte sangue pus fedores.
Das Dores
amarga manhãs tardes noites
na clausura de subidas e descidas
em companhia solene de anjos, serafins e querubins.
Das Dores
entrega sua lira aos deuses
na esperança de que pousem em sua janela,
devolvendo-lhe luz, cor e o perfume dos dias.

PONTO INVISÍVEL

O segredo
para fazer o ponto
ter cuidado para que a linha apareça o mínimo possível
externamente
costurar por dentro
prender por dentro
esconder o ponto
na parte interna da peça
exercício árduo
tarefa difícil
missão delicada

Corre o tempo
os pontos tornam-se invisíveis
aqui
ali
acolá
a vista falha
o tato falha
o coração falha

Ponto invisível

MAIS UM ANO DE VIDA

Um setembro depois do outro
gargalhadas, risos, sorrisos …
“Acorda, que se foram mais de seis décadas …”
responsabilidade inegável na bagagem
escolhas definitivas na bagagem
ações definitivas na bagagem
Não cabem nela mais arroubos, nem fortuitas ilusões
O tempo urge
A vida urge
A sensibilidade à flor da pele.
Setembros, de décadas em décadas, sempre ofereceram jardins de mudanças.
Florir !

INTIMIDADE

a alma nua
o rosto nu
a fala nua
o beijo nu
o abraço nu
o colo nu
os seios nus
o ventre nu
a pele nua

vezes primeiras
encantamentos
vezes segundas
consentimentos
vezes tantas
arrependimentos
lentos
vezes outras
recolhimentos
ensinamentos
embevecimentos

entrega em leitos
entrega em luas
entrega em nuvens
entrega em versos

E quando alguém escreve um texto que a gente pede pra assinar …

Leia: https://juliarocha.blogosfera.uol.com.br/2020/02/28/mulher-mulher-envelhecer-e-um-pecado

Poesias: Odonir Oliveira

Fotos de arquivo pessoal

Vídeo: Canal thisboy 91554

A arte e o artista

ERA UM SER EM RETALHOS

Conheci-o frágil, principiante
fortaleci-o
fortaleceu-me
fortalecemo-nos
Pedacinho a pedacinho
dia por dia
ano a ano
formamos um rico painel
desenhado por suores e dores
adornado de admirações mútuas
cristalizado por sensações tantas
enraizado pela terra-mãe
fincado no sal, no sol, no sim
multiplicidades
Mosaicos de nós

RECORTES LÍRICOS

Soubesses, oh anjo de mim,
sentir-me os perfumes
calar-me a voz
beber-me de cores
sugar-me de flores
desenhar-me a pele cegamente
embrenhar-me de néctares
emprenhar-me de meles simples
Soubesses tu que cor
têm meus medos
têm meus segredos
têm meus degredos
Soubesses tu de meus recortes
de florestas
de rios
de cachoeiras
de serras
Soubesses tu, anjo de mim,
da colagem de meus cacos
do desenho dos meus músculos
do brilho dos meus olhos
do verniz na minha imagem interna
mosaicos
Soubesses tu …

ANGÚSTIA

exaustão no limite
a busca sem encontro
a entrevista sem resposta
o fracasso do diálogo
o monólogo sem eco
o ego inflado a ser bajulado
a cancela pesada da fazenda
a canastra repleta de memórias rudes
o deboche-escárnio partilhado com suas gentes de aços
a exclusão do plano de afetividades
o olho enviesado para uma paisagem verídica
a falta de amorosidades
as portas trancadas nas duas garagens
o telefone trancado às mensagens
as respostas escritas inexistentes
os braços grudados ao corpo
sem abraçar
sem beijar
sem tocar
o medo de existir no outro
o medo de existir na outra
o medo de existir em outros
exílios-fugas camuflados
em guerra sempre
em sarcasmo único
em versos inversos
ignorados
mal amados
executados
sem versão ampliada
sem entrega
sem tesão

Conheça a essência de um artista. Onde nasce a arte em alguém? No torneiro mecânico, nas letras para os festivais de música da escola? Que escolha fez, faz, que decisões toma em relação ao que pinta, à cerâmica que faz, às tintas à base de terra que usa para pintar as casas? Lindezas de se aprender e conhecer junto com a filosofia de vida de Déo Lopes.
Conheço a região de Monteiro Lobato, minha amiga de juventude, Mara Novello criou lá a Casa dos Pandavas, nos anos de 1970, ligada à Nova Acrópole. Hoje ela dirige O INSTITUTO PANDAVAS – a escola dos sonhos de quem opta por uma vida cheia de dignidade, construindo seu conhecimento, dentro da mata, junto à natureza e abraçando crianças da cidadezinha. Estive lá e levei educadores a conhecer o seu trabalho e de sua equipe, gente alternativa que oferece outras alternativas para se viver remando contra essa tsunami de consumismos, imediatismos e desvios das humanidades, em geral. No vídeo , Déo Lopes cita o Instituto Pandavas, por haver feito trabalhos de cerâmica com as crianças lá.

Veja aqui: INSTITUTO PANDAVAS

Poesias: Odonir Oliveira

Fotos de arquivo pessoal

Vídeos:

1 e 2: Canal Victor Mendes

3 e 4: Canal Pimalves

5 – Canal Chico Abelha