Cinema, essa paixão

Fonte: Wikipedia

84 Charing Cross Road é um filme britânicoestadunidense de 1987, do gênero drama, dirigido por David Jones e com roteiro baseado em livro homônimo de Helene Hanff.

Na TV aberta brasileira, foi exibido também com o título Nunca A Vi, Sempre A Amei.[2]

Sinopse

Elenco

Prêmios e indicações

Prêmios

 BAFTA

 Festival Internacional de Cinema de Moscou

  • Melhor Roteiro: 1989

Indicações

  • Melhor Atriz Coadjuvante: Judi Dench: 1988
  • Melhor Roteiro Adaptado: 1988
  • Melhor Filme: 1987

Como eu era antes de você

Filmes que nos encantam. Recentemente estive totalmente entregue a cuidadoras. Meu caminhar, minha privacidade, minha independência, tudo temporariamente ausente. A vulnerabilidade gigante, a dor e a tristeza enormes. A quem ainda não assistiu a esses dois belos filmes não perca a oportunidade de fazê-lo, mesmo que jamais tenham vivido situações e sensações semelhantes às que se mostram neles. Observe, sinta e deixe sua possível arrogância, sua vaidade, sua onipotência, sua incapacidade de se sentir no lugar dos(s) outro(s). Ser humano é uma conquista.

Fotos de arquivo pessoal

Vídeos:

1- Canal Telecine

2- Canal JS Produções

Afeto e cuidados

O CINEMA E SUA CAPACIDADE DE EMOCIONAR: Gosto muito de cinemas, assim daqueles onde a gente compra ingresso, entra, senta em uma poltrona, assiste a um filme em tela grande, com som adequado, sem interrupções ou quaisquer heresias. Tenho um enorme prazer em comer amendoins salgadinhos, beber um aguinha, sem fazer barulhos na sessão. Gosto de rir alto, chorar alto, me emocionar alto. Por isso tenho preferido sessões de cinema durante os dias de semana, quando quase sempre estamos eu e a tela ali. Desde São Paulo, faço isso. Morava bem próximo a 8 salas de cinema e ia caminhando os 3 quarteirões que me separavam delas. Podia assistir a 2 sessões com filmes diferentes, inclusive.(Outro dia repeti isso por aqui também, um filme depois do outro porque ambos me interessavam).

A MAN CALLED OTTO – Official Trailer (HD)

UM HOMEM CHAMADO OTTO: Tenho por princípio não assistir a filmes, depois de ter lido a obra em que foram baseados. (Se for ler, será depois de ver o filme). Acredito que filmes e livros usam suportes diferentes e seria muito cruel com páginas escritas compará-las com fotografia, figurino, atuações, trilha sonora… Escrever roteiro para filmes é uma habilidade muito difícil, são feitos e refeitos muito mais que 10 vezes, por um ou mais roteiristas porque o que tem de prevalecer é a imagem; cinema é imagem. Assim não li o livro em que se inspira o filme “O Pior Vizinho do Mundo”, que estreou em todo o Brasil, na última quinta-feira, 26 de janeiro. Li algumas críticas, mas sempre se referiam a incapacidade de se detestar Tom Hanks, por mais que o filme desejasse etc. Achei bobagem. Fui ver e me emocionei muito. Otto não é o pior vizinho do mundo. Assista e verá. Costumo observar certos comportamentos humanos que diferem dos da maioria e refletir sobre eles. Durante anos em salas de aulas, fiz isso sempre. O aluno adolescente que gostava de “causar”, de chamar atenção por qualquer motivo etc. por atos de má educação, escatologias, deboches e até com bulling era um “carente pedindo socorro”, quase sempre. Amorosidades devem ser vividas, mesmo quando o objeto de nossas ações se recusa a recebê-las. Muitas vezes não foi acostumado a elas, pelo menos não gratuitamente. Sempre lhe exigiram uma contrapartida, um pagamento compulsório. A história individual escreve roteiros de vidas.

Splash conversou com Tom Hanks, protagonista de “O Pior Vizinho do Mundo”, que contou como foi interpretar um personagem tão diferente do que ele é. Conversamos também com Mariana Treviño, que interpreta Marisol, e com o diretor Marc Forster.

SUSPENSE NAS CAUSALIDADES: Durante todo o filme, ficamos buscando explicações para aquelas ações de Otto. Eu, claro, já alinhavara todos os índices expostos, todos os fios soltos do bordado e concluíra o mecanismo de causas e consequências na vida do protagonista. Há momentos completamente corriqueiros nas cenas – com os quais qualquer um se identifica – e outros, nem tanto. O cenho franzido de Tom Hanks, talvez seja um clichê de expressão, mas Otto é um clichê, Otto somos todos nós. Chorei bastante, com as cenas em flashback e autoexplicativas. A utilização dos recursos contemporâneos de comunicação – da tecnologia – em uma referência quase didática fazem refletir. Não deixe de ver.

A 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes exibiu, em janeiro, belas produções do cinema brasileiro, inclusive online. Devemos valorizar e assistir aos filmes brasileiros no cinema, sempre. Quando um deles não atinge o público esperado na 1ª semana, os exibidores o retiram de cartaz e inserem os famosos filmes americanos. Por isso a lei COTA DE TELA deve ser aprovada em definitivo para favorecer a indústria do Cinema Nacional.

Texto: Odonir Oliveira

Foto de arquivo pessoal

Vídeos:

1- Canal Sony Pictures

2- Canal Splash

26ª Mostra de Cinema de Tiradentes: brasileiros em exibição

MATINÊS

Domingos

canto oração hóstia comunhão

olhos espichados no relógio do pulso ao lado

Missa das nove, depois matinê

Matinês

Oscarito, Mazzaropi, Jerry Lewis

balas doces chicletes amendoins

almoço sobremesa bicicletas piques

sonhos desejos planos

Domingos!

MATINÊS DE DOMINGO


Era assim,
o menino que havia em mim.
Era assim,
a matinê de domingo,
a torcida pelo mocinho,
a alegria de ver o bem vencer.
Era assim, sempre um sim.
Era assim

Saiba mais aqui: https://www.facebook.com/mostratiradentes

Poesias: Odonir Oliveira

Fotos de divulgação da 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes

Video: Canal Universo Produção

Amores de Chumbo

Acabei de rever AMORES DE CHUMBO, de 2017. Quem nunca assistiu assista. A exposição de 2 pontos de vista femininos, em anos de chumbo, traz reflexões importantes sobre o que tem maior importância: o amor individual, romântico ou o amor coletivo, social. O que é primordial em cada um. Vale trapacear, criar versões, a fim de se obter o objeto do amor desejado? E quando o tempo não pode remendar as costuras de vidas?

3 TEMPOS

SINOPSE: Um misterioso triângulo amoroso do passado ressurge anos depois. Miguel (Aderbal Freire Filho) e Lúcia (Augusta Ferraz) estão prestes a comemorar seu aniversário de 40 anos de casamento, mas a chegada de Maria Eugênia (Juliana Carneiro da Cunha) acaba atrapalhando os planos do casal, já que junto com seu retorno, voltam também as memórias dos amores vividos entre Miguel e Maria. Além dos horrores dos anos de chumbo, período da ditadura militar no Brasil.

Fotos de arquivo pessoal

Vídeo: Canal urbanolevel

“Pronto, Falei”, o filme

“Renato (Nicolas Prattes) é um jovem tímido e inseguro, que expressa o que verdadeiramente pensa apenas através de e-mails. Escreve para o colega de trabalho (Romulo Arantes Neto), para a namorada (Kéfera Buchmann), para os pais… não esconde nada, diz tudo o que pensa. Absolutamente tudo! E na hora de enviar… não envia. Grava na pasta de rascunhos. Um dia, sem nenhuma explicação, todos os seus rascunhos são enviados e, de uma hora para outra, ele precisa enfrentar as terríveis consequências de ser quem realmente é.”

A verdade saindo do poço é uma pintura de Jean Leon Gerôme de 1896, que foi inspirada na seguinte parábola judaica:

Certo dia, a mentira e a verdade se encontraram.
A mentira disse para a verdade:
– Bom dia, dona verdade!
E a verdade foi conferir se realmente era um bom dia.
Olhou para o alto, não viu nuvens de chuva, vários pássaros cantavam e vendo que realmente era um bom dia, respondeu para a mentira:
– Bom dia, dona mentira!
– Está muito calor hoje, disse a mentira.
E a verdade, vendo que a mentira falava a verdade, relaxou.
A mentira então convidou a verdade para se banhar no rio.
Despiu-se de suas vestes, pulou na água e disse:
-Venha dona verdade, a água está uma delícia.
E assim que a verdade sem duvidar da mentira tirou suas vestes e mergulhou, a mentira saiu da água e vestiu-se com as roupas da verdade e foi embora.
A verdade por sua vez recusou-se a vestir-se com as vestes da mentira e por não ter do que se envergonhar, saiu nua a caminhar na rua.
Chocando e causando raiva e desgosto de quem a via em sua pura nudez, afinal, aos olhos de outras pessoas era mais fácil aceitar a mentira vestida de verdade, do que a verdade nua e crua.
Assim a pobre Verdade volta ao poço e desaparece para sempre, escondendo nele sua vergonha.
Desde então, a Mentira viaja ao redor do Mundo, vestida como a Verdade, satisfazendo as necessidades da sociedade, porque, em todo caso, o Mundo não nutre nenhum desejo de encontrar a Verdade nua.”

FONTE: Instagram e Facebook “A História Esquecida

DAS VERDADES… AGORA CHAMADAS DE “SINCERICÍDIOS

Vi no cinema, o filme “Pronto, falei” e gostei bastante da abordagem e dos planos de enquadramentos, forma e conteúdo completamente integrados e coerentes. Filme brasileiro, o que é ainda melhor.

Sempre gostei das pessoas, ácidas e apimentadas ( e não daquelas em banho-maria), que dizem o que pensam. Acredito serem muito corajosos os que agem assim, assumindo o dito, corrigindo o que fizeram – caso haja enganos etc. Fato é que os jogos sociais ensinaram às pessoas as mentiras, as omissões, as hipocrisias, a política da boa vizinhança – equivocadamente nomeada de tolerância. Não é. No jogo das máscaras, das personas, há sempre os que se escondem nelas e nunca ficamos sabendo o que pensam, como agem, reagem etc. Se lidamos com personagens, trata-se de teatro e não de vida real.

O filme aborda a fraqueza do personagem protagonista em dizer o que pensa por temer reações alheias, apesar de suas observações serem excelentes. Terceiriza autoria e vê quem se apropria delas tendo enorme sucesso. Falta-lhe, portanto, coragem. Mas isso é reflexão minha; o filme evolui, o personagem evolui, há clímax e desfecho interessantes. E bem realistas.

NOSSOS COMPLEXOS ESCONDIDOS. ATÉ DE NÓS MESMOS

Vez ou outra escrevo me utilizando de falares regionais. No Facebook, uso trem bão, aquiii, cê bobo, nuuuuú, dimais da conta e mais. Outro dia um mineiro de BH, professor de Física, me questionou “Mas será que a gente fala desse jeito mesmo?”. Respondi que a fala ali descrita, sempre coloquial oral, em situações de intimidade nos meus pequenos trechos, era sim como a que ouço por aqui, inclusive com um vocabulário muito próprio dos mineiros. (No YouTube há inúmeros vídeos mostrando isso). Não sei se os mineiros de BH se comunicam como os do interior. Talvez, não.

Certa vez, em São Paulo, a caminho de Campinas, fui com minha cunhada a uma comemoração de casamento em um “sítio”. Não costumo ir a cerimônias de casamento em igrejas, nem a festas. Minha cunhada me convenceu dizendo que eram terceiras núpcias de ambos os noivos, de que ela era mineira, e de que eram gente simples (talvez os comes e bebes até fossem da cozinha mineira etc.) Fui.

Ao conversar com a noiva, citei a culinária mineira. Ela declinou do tema, disse que era muito calórica etc. Preferia outras, como a paulista, eclética e diversificada etc. Entendi e observei a comemoração integralmente, desde os comes e bebes, até os comportamentos dos convivas que desfrutavam da comemoração do casamento do renomado médico.

Em ambientes de trabalho, os jogos sociais tendem a ser completamente artificiais, muita gente que serve de capacho hoje pode puxar tapete amanhã, dependendo do grau de inveja, de ciúme, de maldade que tempera as relações. Tudo é muito cordial, muito civilizado… mas até a página 2. Ou 3. Duro é ter que conviver, diariamente, com tamanhas hipocrisias e falsidades. (Disso já me livrei, ufa!)

Há amigas minhas – por exemplo – que quase nunca leem o que escrevo, embora sejam da mesma área que a minha, apreciem os mesmos autores da literatura etc. Quando vejo, leram outros, às vezes com muito menos relações com elas etc. Talvez o que escrevam seja mais afável, mais conceitual, de melhor nível. Talvez. Mas estranho bastante isso. Eu, ao contrário, adoro ler o que escrevem, saber como pensam etc. Sinto-me bem fazendo isso.

FORMA E CONTEÚDO. EIS A QUESTÃO

Quando leio algum poema ou texto em prosa de um blogueiro, costumo me ater à forma em que foi escrito, beber nele meus conteúdos (levando as minhas chaves de interpretação) e não me preocupar em saber se o que foi escrito é real, se é ficção etc. Todos nós que cursamos Letras sabemos que não há nenhuma importância em se atrelar uma coisa à outra, mas sim de nos deleitarmos com o que foi escrito, com o que aquilo provocou em nós.

Outro dia, uma querida amiga virtual de Ribeirão Preto, mais jovem que eu, me perguntou se aquele conto que eu havia escrito era real mesmo ou era ficção. Respondi-lhe que TODOS os escritores unem as duas coisas, mesclam características de personagens, fazem descrições de cidades assemelhadas as que conheceu etc. A literatura está na FORMA DE SE ESCREVER. Conteúdo pode ser qualquer um. Aliás se for linguagem informativa, referencial, objetiva trata-se de jornal, revista etc. e não de crônica, conto, poesia…

Assim, comento apenas o que o texto provocou em mim. É suficiente. E quando comento.

Texto: Odonir Oliveira

Fotos de arquivo pessoal: Da decoração ao lado do cinema

Vídeo: Canal Imagem Filmes

Biografias

Assisti, há poucos dias, ao filme “Coco antes de Chanel”, de 2009, uma bonita película que conta a vida de Gabrielle Bonheur Chanel, sua infância, juventude, seu amor, até se tornar a criadora das bases da roupa de trabalho usada pelas mulheres na contemporaneidade. Em um mundo dominado por costureiros homens, ela foi uma das responsáveis por revolucionar o jeito de ser, pensar e vestir uma mulher. Abolindo os espartilhos, foi a criadora do pretinho básico, dos tailleurs … e ficou rica, em Paris, como se propôs um dia. Coco Chanel nasceu em 1883, em Saumur na França e faleceu em Paris em 1971.

Após esse período, a história mostra que Coco Chanel se envolveu com nazistas, acobertando-os etc. Sei disso, mas a cada dia que passa estou aprendendo a entender as pessoas em seus contextos de vida. Não que as perdoe, mas as entendo.

(A razão do apelido Coco)

“Eu não faço a moda, eu sou a moda”. Coco Chanel

“Elegância é tudo aquilo que é belo, seja no direito seja no avesso.” Coco Chanel

 “A natureza lhe dá o rosto que você tem aos 20. A vida lhe desenha o rosto aos 30. Mas, aos 50, é você quem decide o rosto que quer ter.” Coco Chanel

“Não importa o lugar de onde você vem. O que importa é o que você é. E quem você é? Você sabe?” Coco Chanel.

“A força se consegue com fracassos e não com sucessos.” Coco Chanel

“Um homem pode ser o que ele quiser, mas ele permanecerá sendo apenas o acessório da mulher.” Coco Chanel

“Antes de sair de casa, você deve sempre tirar um acessório.” Coco Chanel

INVENTANDO MODA

Estilo Hi-Lo

É graças à estilista que, hoje em dia, você sai de casa vestindo uma blusa de paetês com calça jeans e não vê problemas nisso, sabia? Chanel criou o conceito de Hi-Lo (quando há, em um look, a mistura de peças caras com outras mais baratas), mesmo sem utilizar a palavra.

Na época, em que imperavam tecidos luxuosos, como a seda, foi Chanel a primeira a ter a ousadia de usar o jérsei – antes restrito apenas a roupas íntimas – em vestidos e casacos.

A camisa listrada

Sabe essa camisa branca com listras azul-marinho mais finas que quase todo mundo tem no armário? Foi criação da estilista! Nos anos 1920, durante uma visita ao litoral da França, Coco se inspirou no uniforme da marinha francesa (é por isso que, em francês, essa camisa listrada se chama marinière) e criou a clássica camisa listrada, feita de malha e com modelagem mais larguinha e prática.

A partir dos anos 80, a criação ficou ainda mais popular por conta dos desfiles de outro estilista francês: Jean Paul Gaultier — mas a invenção foi de Chanel.

Minimalismo

Órfã de mãe, Chanel foi abandonada pelo pai aos seis anos de idade na porta de um convento. Os resquícios da infância pobre e solitária se refletiram, anos depois, em todas as suas criações. A sobriedade do convento, associada aos trajes em preto e branco das freiras, produziu uma simplicidade austera que dominou para o resto da vida as criações da estilista.

Calça pantalona

Foi por causa de Chanel que as mulheres trocaram as saias por calças no início da década de 1920. Há quase 100 anos, uma irreverente Gabrielle jogou para o alto as regras de que algumas peças precisam ser essencialmente masculinas. Apareceu vestindo pantalonas de forma despojada e criou um item de estilo reproduzido até hoje!

Sapatos bicolores

Embora os clássicos sapatos bicolores não tenham sido oficialmente criados pela Chanel até 1957, em 1920, Coco já passeava com eles. Atenta aos detalhes, a estilista criou os sapatos em bege, para alongar a perna, e com a ponta preta, para encurtar o pé e proteger o calçado dos desgastes pelo uso a longo prazo.

O pretinho básico

Embora o ‘pretinho básico’ seja uma das peças mais comuns nos armários das mulheres hoje em dia, a realidade era bem diferente na época da estilista. Naqueles tempos, a cor era usada apenas em funerais ou por funcionários domésticos. É por isso que quando a estilista apareceu pela primeira vez com um vestido preto, de corte simples, sem frescura, frufrus ou flores, e de caimento até os joelhos (coisa impensável para a época), o escândalo foi imediato — mas o sucesso também!

Tailleur

É impossível falar de Chanel e não citar o tailleur de tweed. Mais uma vez, a estilista se inspirou no universo masculino para oferecer novas possibilidades ao corpo feminino. Na época, o tweed era usado tradicionalmente pelos homens da corte britânica e a francesa usou o tecido para criar o tailleur, que é uma composição de casaco e saia feitos do mesmo material. Com modelagem reta e fluida, forro de seda, quatro bolsos e botões que mais parecem joias, o conjunto é considerado uma obra-prima e é reinterpretado até hoje.

Bijuterias

Pode parecer algo absurdo, mas na época de Chanel, o uso de acessórios como brincos, colares e anéis era restrito às joias usadas pelos membros da fatia mais rica da sociedade. Só que a falta de dinheiro nunca impediu a estilista de nada… Foi por isso que ela passou a criar bijuterias com materiais mais baratos, incluindo o famoso colar de pérolas (falsas).

Imagens retiradas da Internet

Com informações retiradas da Internet.

Fontes:

1- https://gshow.globo.com/moda-e-beleza/noticia/coco-chanel-8-tendencias-de-moda-que-a-estilista-criou-e-voce-usa-ate-hoje.ghtml – Por Victor Hugo Camara (editado)

2- https://www.fashionbubbles.com/historia-da-moda/as-grandes-estilistas-da-moda-europeia-coco-chanel-parte-35/ – Por Queila Ferraz (editado)

Vídeo: Canal Fabri

A arte da argumentação

ἐγὼ νομίζω τὸν μὲν εὖ παθόντα δεῖν μεμνῆσθαι πάντα τὸν χρόνον, τὸν δὲ ποιήσαντ’ εὐθὺς ἐπιλελῆσθαι. Na minha opinião, aquele que recebe um benefício deve recordá-lo a vida toda, e quem o praticou deve esquecê-lo de imediato. DemóstenesDiscursos 18.269

”Demóstenes dominava com maestria o dialeto ático e todos os recursos retóricos necessários à eloquência. Seus discursos eram cuidadosamente planejados e desenvolvidos de forma a atingir o efeito desejado; a linguagem era sempre simples e acessível.

Ele sabia temperar a veemência e a paixão com a lógica e a argumentação apropriada; a cólera, a ironia, o sarcasmo, a reprovação eram representadas com enorme destreza. Um de seus artifícios estilísticos, por exemplo, era repetir certas palavras a intervalos regulares para dar o destaque necessário a uma determinada ideia.

Os fatos que apoiavam seus argumentos eram sempre apresentados através de um encadeamento coerente, vigoroso, apaixonado, aparentemente espontâneo, e irresistível… Consta que, no discurso a favor de Fórmion, Demóstenes apresentou seus argumentos com tanta veemência e sinceridade que os jurados, numa atitude inédita até então, se recusaram a ouvir a parte contrária e deram ganho de causa a seu cliente. […]

Outro notável aspecto de sua imensa obra foi a enorme energia que dedicou, com sinceridade, aos melhores interesses de sua cidade.” (Portal Grécia Antiga)

A argumentação, Demóstenes aprovaria
A arte argumentativa na Grécia teve bons representantes. Demóstenes, Δημοσθένης – no século IV a.C – foi um dos mais representativos e é considerado o pai da oratória. São incontáveis seus belíssimos discursos sobre guerras, poder, economia, política etc.
Argumentação se faz com levantamento de uma premissa, corpo de provas, citações, exemplificações, dados e argumentos de autoridade (e até com contra-argumentos) que sejam importantes para a persuasão.
Tudo isso demanda conhecimento.
Até uma criança de 4, 5 anos sabe argumentar quando pretende conseguir tomar um sorvete antes de uma refeição, por exemplo. Claro que lançará mão daquilo que tem de bagagem para conseguir persuadir seu interlocutor. Já pude assistir a aulas em que professores de crianças pequenas preparavam com elas argumentação em defesa ou para acusação de personagens de histórias, como o julgamento do Lobo Mau e dos Três Porquinhos. Achei muito interessante.
Há muita dificuldade em argumentar, vide redes sociais, há ofensas, xingamentos, cancelamentos, mas sem argumentações válidas, provas, argumentos de autoridade. Ao contrário. Assim, quem se propõe a convencer alguém deve ter certeza de sua proposição e um corpo substancial de provas para ter sucesso em seu intento.
O filme O Grande desafio (Os Debatedores) aborda a questão racial abominável em que estão inseridos naquele momento (só ali? #vidasnegrasimportam), as reuniões secretas para se debater o que se deseja articular contra condições de trabalho e ações a serem perseguidas etc.
E, por fim, me é caro, por se basear em fatos reais e ser protagonizado por um professor. A ação estimuladora, reflexiva e desencadeadora que TODA A EDUCAÇÃO MAIÚSCULA DEVE PERSEGUIR.

Para quem não viu ainda: Melvin B. Tolson (Denzel Washington) é um brilhante professor e amante das palavras. Embora tenha convicções políticas que possam atrapalhar sua carreira, ele decide apostar nos seus alunos para formar um grupo de debatedores e colocar a pequena Wiley College, do Texas, no circuito dos campeonatos entre as universidades. Mas o seu maior objetivo é enfrentar a tradição de Harvard diante de uma enorme plateia. Inspirado em fatos reais.

Fotos de arquivo pessoal

Vídeo: Canal Lobo Solitário

Filmes, trilhas sonoras

TEM MÚSICA

Quantas vezes, nós, apreciadores das telas de cinema, ficamos impactados pelas trilhas sonoras dos filmes, quantas vezes?

Como sempre amei cinemas, cheguei a assistir a 3 filmes em sequência em São Paulo, em cinemas próximos. (Ainda hoje faço isso quando lá estou). Ao sair das sessões, as canções iam me seguindo pelas ruas e avenidas, mais do que os diálogos, e até as imagens. Parecia que esticavam em mim as emoções daqueles filmes. E como prolongar aquilo tudo? Adquirindo os LPs, claro. Quase sempre, quando os filmes chegavam ao país, suas trilhas sonoras já se encontravam nas melhores lojas do ramo – digamos assim.

Já tive muitos discos com trilhas sonoras e até mesmo os de coletâneas etc. “Por que guardar isso – me questionam – hoje tem tudo na Internet?” Ora, ora, “Pão ou pães é questão de opiniães”– não é mesmo, querido Rosa? Tudo tem histórias, bagagem, lembranças, percursos, enfim, lastro. E eu amo histórias.

Sentar e ouvir um belo disco com canções de cinema, à meia-luz, em companhia agradável, sensível, e de um bom vinho, conferem prazeres de muitas naturezas. Quem nunca bebeu disso, experimente.

Ah, ouvir as canções de filmes juvenis de faroeste, as dos romances românticos, as de Casablanca, Juventude Transviada, Butch Cassidy, Midnight Cowboy, Cabaret, A man and a Woman, 2001- Uma Odisseia no Espaço, Airport, Love Story, Romeu e Julieta, Amarcord, Roma … tantas recordações!

De verdade, ir ao cinema e carregar as canções dos filmes, em si mesma, vale toda uma existência, sensível. Eu carrego.

Leia outros posts sobre filmes, aqui no blog, na categoria:

“CINEMA”

https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/category/cinema/

Texto: Odonir Oliveira

Fotos de arquivo pessoal

Vídeos:

1- Canal NEIL ROMCY

2- Canal Baú Musical – Música em Vinil

3- Canal Orquestra Ouro Preto

Salvem o cinema brasileiro !

MATINÊS DE DOMINGO

Era assim, 
o menino que havia em mim. 
Era assim, 
a matinê de domingo, 
a torcida pelo mocinho, 
a alegria de ver o bem vencer. 
Era assim, sempre um sim.
Era assim

”O filme disse eu quero ser poema” – Caetano Veloso

TELA GRANDE

encantamento
som luz imagens
duas cores
muitas cores
poltronas
escuro
silêncios
magia
prazer
imaginação
delírio
sonho
ilusão fascinação perpetuação

CINEMA MONUMENTAL

Um filme circulava-lhe os pensares,
era longa-metragem sem intervalos
era cinemascope por vidros embaçados
era olhos fechados sem lanterninha
era roteiro de lembranças
ora sequência em plano aberto
ora close de rosto, dorso, pernas.
Num sacudir de trem moderno,
a memória da fumaça de fuligens dos seus antes.
Tudo era análise, avaliação.
Partes esparsas, excertos, segmentos de poemas,
trechos de melodias, frases sem contexto,
fragmentos de situações em versos,
inversos, postos, opostos, repostos, dispostos.
Numa estação insone,
um caminhar ansioso
um encontro de asas
um flutuar de prazer.

SEMEANDO CINEMAS

– Tem sala de cinema aqui não?
– Tem não.
– Lutem por uma, meus jovens, lutem.
Cinema é sonho
cinema é visão de mundo
cinema é beber com os olhos um país
cinema é sair de si
em som e imagem
cinema é beijar a moça linda
cinema é beijar o moço lindo 
cinema é ser o valente herói também
cinema é postar-se frente aos perigos
cinema é emoção
quando já nem se emocionava mais
cinema é tela pra comer
cinema é tela como arroz e feijão
semear cinemas
colher cultura

PERDEU, RAPAZ, PERDEU

Cresceu em cidade com cinemas?
Frequentou cinemas?
Aprendeu a conhecer seu país inteiro
com as telas de cinema?
Saboreou os primeiros beijos
nas telas e nas cadeiras dos cinemas?
Marcou encontros
para porta do cinema?
Namorou cenas de amor
de mãos dadas no cinema?
Fez sexo,
cumplicemente,
com as imagens dos cinemas?
Gargalhou de doer a barriga
com as comédias nacionais?
Decorou as músicas dos filmes?
Saiu do cinema
assobiando as canções?
Assistiu ao mesmo filme várias vezes?
Admirou a fotografia nas telas
a ponto de querer ir conhecer aqueles lugares?
Bebeu a magia e o sonho
daqueles filmes inesquecíveis?
Fez tudo isso e muito mais?
Que maravilha, prazer em te conhecer.
Você, não?
Perdeu, pleibói, perdeu.

CINE BRASIL

orgulho, valor, aplausos
que beleza é se ver na tela
que beleza é fechar os olhos e se ouvir na tela
que beleza é gargalhar de graças nossas
é chorar com desgraças nossas
é ouvir trilha sonora nossa
que feitiço é sentir
a interpretação da gente nossa
o país em nossas imagens

cinema brasileiro
porque retrata o rio da nossa aldeia
torna-se universal
prêmios pelo mundo
indústria de cinema
oferta de centenas, milhares de empregos
oferta de cultura por todos os poros
de quem faz a quem faz
de quem faz a quem assiste

todo o apoio
todos os troféus
todas as honrarias
cinema brasileiro
prazer em te ver

Poesias: Odonir Oliveira

Imagens retiradas da Internet (filmes premiados e representativos da história, literatura e cultura nacionais)

Selecionei alguns entre os excelentes filmes nacionais que fotografam, literalmente, a realidade social dos brasileiros. Até por isso, tornam-se UNIVERSAIS e recebem prêmios em vários festivais internacionais de cinema. Inseri em alguns os temas que abrilhantaram suas imagens. Teria uma lista enorme com todos aqueles que vi, nas telas, as comédias engraçadíssimas, as histórias de amor, de suspense, ah, tanta coisa linda. Esses são alguns apenas.

VIVA O CINEMA BRASILEIRO que emprega muita gente e sustenta muitas famílias. A indústria cinematográfica existe e faz o que há de melhor pelo Brasil, aqui dentro e lá fora.

Vídeos:

1- Canal EstadodasCoisasCine

2- Canal LUBOR

3- Canal mariaperdida

4- Canal Caetano Veloso

5- Canal vsn41